Não há nuvem. É apenas o computador de outra pessoa. Autor desconhecido

Diversas atividades estão sendo realizadas na nuvem com intuito de facilitar o seu uso, fomentar a colaboração e trazer facilidades de recuperação do trabalho. É realmente conveniente a facilidade de acessar tudo de qualquer lugar e utilizar diversos serviços que agregam valor ao seu trabalho. Mas será que estamos cientes de todos os impactos ao priorizarmos esse modelo?

Fazer a computação em nuvem que poderia ser realizada localmente me parece ineficiente, sem contar com toda a energia elétrica dispendida em sei lá quantas fases de ida e de volta. E, além disso, dependemos do acesso à internet para trabalhar. Por fim, será que trabalho gerado é realmente seu? Localmente você é rei! Na nuvem, outros têm cópias… E se você perder o acesso sua conta desse serviço? Depender de termos que ninguém lê direito ou mesmo termos que permitem “eles” fazerem mais do que você pensa com seu trabalho ou privacidade.

No artigo “Local-first software” os autores sugerem um conjunto de princípios que coloca seus dados e aplicações localmente, permitindo ainda a colaboração e sincronização por meio de abordagens como tipos de dados replicados sem conflito (CRDTs) e redes peer-to-peer (P2P).

Como usuário de vários serviços, é bom repensar o que estou utilizando como ferramentas ou fazer backup dos meus dados. Já no desenvolvimento de aplicações seria interessante verificar se há alguma maneira de pensar localmente, nem sempre é possível. Deixo aqui minha reflexão.